Eu disse mainha
Eu disse pra mainha
que me sinto tão sozinho!
Daí o mundo me abraça,
e eu sentado na praça,
sentindo cheiro de pólvora
Mas a fé está com a gente
e nem sempre a gente se mata
E até com água de cheiro,
eu sinto o cheiro da prata
Então me abraça,
meu tesouro,
que o ouro
tá derretendo
e eu
com medo de ver devendo
o meu coração de chibata
E a gente
passeia tranquilo,
como um par de bicho-grilo,
pela praça atormentada
E então seremos dois amores:
você, Maria das Dores
e eu, um cão vira-lata
........
O que não dizemos,
a arte traduz
Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 27/01/2024
Alterado em 10/02/2024
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