Tenho um paladar sórdido
Que mordo e sangro

Até parece o mórbido que se aproxima,  
qdo o lá em cima é o santo que me ilumina a cada vez que o mórbido aparece

Mas ele me esquece em mim mesmo
Que mesmo esquecido
eu chamo o meu cupido ,
que me desobedece
Entre os dentes foragidos e a carne que adoece!

A alma?
Ora, vê se me esquece

Porque de pedido o céu está cheio
de monstros do mar e da terra
que nos oferecem  histórias pra contar

Que nos desobedecem a ordem  e o lugar
De estar junto deles pra tudo junto festejar

O eterno que não é aqui,
mas será ali em outro lugar?

Quem será que vai nos encontrar , qdo a carne desfacelar ,
e o espírito voar pra onde nasceu,
mas se perdeu do que nem sei o que buscar??