Textos

Desalento
Minha terra que não aro
Meu garfo que não come
Meu olho que não abro
Minhas mãos no mesmo cravo, sangram

Meus olhos que vêm tudo,
Mas não largo
o que possuo
Pois possuo o merecido
Que me achou no mesmo berço
Sou agora perseguido!

Do começo me desfaço
Mas não faço o que me cobro
Desatar o negro laço
da cobra que embaraço
Pra pegar um pedaço
do olho que fingiu não ver nada errado
Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 24/02/2022
Alterado em 09/09/2022
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