Ana ligou pra mim
Queria um beijo de amor
Queria um pedaço do céu
Queria meu voto de dor

Queria a fera que há em mim
Queria meu cabelo enrolado no dedo
Queria a pele que habito
Queria que eu  fosse um brinquedo

Ana não sabe do meu eu
Ela faz de peteca a febre-dengue
Ana me entrega seu dengo
Sou sua valsa, menino mambembe!

Eu grito e conciso meu pranto
Eu toco e viagem meu canto
Eu digo que por enquanto
Ana nem sabe que a amo tanto!

Vivo a seduzir Ana
Vivo a me buscar nela
Ana, meu cravo e canela!

Quero te largar nem tanto,
Sou fixo portanto ,
Largado em meu pelourinho
Recluso
Encanto