O pecado rondou pela cidade e não viu nenhum santo na rua!
Ele estava na penumbra,  sentindo-se no Paraíso!

Nesse lodo impreciso, tropeçou num prego, e uma criança gritou assustada!

Batendo palma pra garotada, o diabo que ali passava, mandou dizer o que queria de seu neto!

A ave cantava adiante,  
Que aquela variante,
Era menino de pescado

Que de pecado a pescador
Basta um bocado de isca de amor
Pra iscar a base da cabeça,
E por mais que o pecado mereça ,
Ele também é pecado sonhador !

Que sonha com alma de penumbra
E penumbra no escuro que alumbra
Seu mais corvo protetor!

Sentado na varanda estava o tédio,
que  sem nada a fazer,
fez o menino pegar o dote,
entregar pro velhote,
E correr até morrer!

Moral da história: corra do demônio,  mas leve seu dote, porque se for pra viver sem o dote,
podemos inclusive viver como demônio!