A menina  não quis passear na floresta
E trouxe roupa suja  pra vovó!
Trouxe frutas pro leitão,
E um bolo de chocolate pro lobo!

Mas o lobo era diabético
E a vovó com olhar cético
E a menina tão poética
Pediu esclarecimentos  pra lua
Que não viu a hora do dia amanhecer  
Pra cozer tudo numa panela
E entregar pra mamãe dela
Que não soube fazer
"menina de receita" !

Que não confunde
liberdade com igualdade
Ou espaço com juventude!
Novidade com direito
E puberdade  com verdade!

Era o mesmo mal da malvada idade,
Que já foi mocidade
Ferida em  sua própria condição!  
Que mistura  teoria  com bom
E ruim com desajuste
Maldade com   embuste,
E educação com mandar no tom !

O ideal  quem faz é a história
E a memoria só  perde por esperar!
Em algum lugar há de haver  espaço
Pra humanidade acertar!